Aumento do seguro-desemprego atinge maior marca em 9 anos, confirmação oficial


No primeiro bimestre de 2024, os pedidos de seguro-desemprego atingiram seu ponto mais alto desde 2015. Dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) indicam que 1,2 milhão de solicitações foram registradas no país entre janeiro e fevereiro.

Os números representam um aumento de 8% em comparação com o mesmo período de 2023. O montante total pago pelo seguro-desemprego também aumentou significativamente, passando de R$ 6,1 bilhões nos dois primeiros meses de 2023 para R$ 7,3 bilhões no mesmo período deste ano, refletindo um aumento de 19,6%.

De acordo com o Painel de Informações do Seguro-Desemprego do Ministério do Trabalho e Emprego, o benefício foi solicitado por 1,39 milhão de pessoas até o momento. O aumento na solicitação do benefício reflete a dinâmica do mercado de trabalho, com o ministério destacando que a rotatividade contribui para esse cenário.

Com mais trabalhadores formalmente empregados, aumenta o contingente de pessoas elegíveis para solicitar o seguro-desemprego. De acordo com a Pnad Contínua do IBGE, a taxa de desemprego no Brasil atingiu 7,6% no trimestre encerrado em janeiro, o menor índice desde 2015.

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No ano anterior, foram criadas 1.483.598 vagas de trabalho com carteira assinada, conforme dados do Caged. Esse número representa uma queda de 26,3% em comparação com 2022, quando foram gerados 2,01 milhões de empregos.

Como funciona o seguro-desemprego?

O seguro-desemprego é concedido a trabalhadores demitidos sem justa causa e sem renda própria, variando de três a cinco parcelas. O valor mínimo é o salário mínimo nacional, atualmente R$ 1.412, enquanto aqueles com salários médios acima de R$ 3.402,65 recebem R$ 2.313,74.

Os trabalhadores que acumularam pelo menos seis meses com carteira assinada têm direito a três parcelas, de 12 a 23 meses recebem quatro parcelas, e mais de 24 meses garantem cinco parcelas. Confira abaixo a tabela atualizada para 2024 com base nas faixas de salário médio necessárias ao cálculo do benefício:

– Até R$ 2.041,39 – multiplica-se o salário médio por 0,8;
– De R$ 2.041,40 até R$ 3.402,65 – o que exceder a R$ 2.041,39 multiplica-se por 0,5 e soma-se com R$ 1.633,10;
– Acima de R$ 3.402,65 – o valor será invariável de R$ 2.313,74.


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