A Caixa Econômica Federal (CEF) planeja emitir cartões de débito com tecnologia Near Field Communication (NFC) para 100% dos beneficiários do Bolsa Família. A tecnologia NFC permite pagamentos por aproximação.
De acordo com informações em resposta a uma solicitação de dados pelo Valor Investe, os canais e sistemas já foram ajustados para facilitar essa emissão do novo cartão de saque do Bolsa Família, oferecendo maior comodidade na realização de pagamentos por inserção.
Atualmente, os beneficiários têm a opção de cadastrar o cartão de débito físico em carteiras digitais como Google Pay (Elo e Visa) ou Samsung Pay (Visa) para efetuar pagamentos por aproximação usando o celular.
Com a introdução dos cartões físicos com tecnologia contactless, a Caixa destaca a praticidade no momento do pagamento como uma das principais vantagens.
Além disso, os pagamentos sem a necessidade de inserir o cartão do Bolsa Família na maquininha e digitar a senha para compras até R$ 200 têm registrado um aumento significativo desde a pandemia.
De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), no terceiro trimestre de 2023, os brasileiros realizaram mais pagamentos por aproximação do que com cartão tradicional em compras presenciais.
A Caixa ressalta também que os cartões contactless apresentam menor desgaste físico, já que não há atrito com a maquininha, aumentando sua vida útil e contribuindo para a redução do uso de plásticos.
Atual cartão do Bolsa Família
O atual cartão de débito do Bolsa Família tem o propósito de:
– Facilitar o uso do dinheiro. O cartão pode ser utilizado numa compra de supermercado. Hoje todos os usuários podem movimentar seu benefício pelo aplicativo Caixa Tem e por Pix;
– Quem não possui celular, acesso à internet ou não sabe mexer com o aplicativo precisa sacar o dinheiro no banco ou na lotérica;
– Já existe o cartão do Auxílio Brasil, adotado em julho pelo governo Bolsonaro. Permite fazer compras no comércio e sacar dinheiro na Caixa e na rede Banco24horas;
– Mas o cartão atualmente só atende a 8,5 milhões dos 21 milhões de beneficiários do Auxílio Brasil, segundo a Caixa. Faltam 12,5 milhões de pessoas.
Autor: Laura Alvarenga